Hospital da Mulher incentiva acompanhante na hora do parto

Publicado em: 07/02/2014

Presença de pessoas de confiança da gestante no momento do parto acalma a mulher e reduz a duração do procedimento, uso de analgésicos e a indicação de cesarianas

A mulher precisa estar segura na hora do parto. Estudos do Ministério da Saúde indicam que a tecnologia mais eficiente na hora do nascimento do bebê não foi desenvolvida por nenhum laboratório ou fabricante de equipamentos hospitalares. Na verdade, trata-se de medida bastante antiga: o suporte emocional e o apoio à mulher por um acompanhante de confiança – o marido, a mãe ou um amigo próximo. Esta mesma filosofia rege os trabalhos no Hospital da Mulher “Maria José dos Santos Stein”, de Santo André, que diariamente coloca em prática estratégias de humanização em benefício de todos os usuários.

Pesquisas revelam que a presença de alguém de confiança da mãe na sala de parto tende a reduzir as possibilidades de cesarianas, assim como as indicações de analgesia e o tempo de trabalho, além de aumentar a satisfação da mulher. “Não é fácil para uma mulher grávida, prestes a ter seu filho, chegar a um hospital onde provavelmente nunca esteve, e saber que terá o filho onde não conhece os funcionários e a dinâmica da unidade. É nesta hora que o apoio de um acompanhante pode contribuir para o sucesso de todo o processo”, acrescenta a superintendente do Hospital da Mulher, Dra. Rosa Maria Pinto de Aguiar.

Segundo a legislação, é direito da mulher dar a palavra final sobre quem deve ficar ao seu lado durante o parto – afinal, o acompanhante deve oferecer suporte emocional e segurança à gestante. “Na maioria dos casos, quem cumpre este papel é o marido. Mas não há uma regra. É a mulher que, tendo liberdade de escolha, pode optar pela companhia da mãe, avó ou de uma prima”, completa a médica.

Há situações em que ter alguém ao lado em que se possa confiar faz toda a diferença. Para Israel Antonio dos Santos, de 28 anos, por exemplo, sua presença transmitiu segurança e tranquilizou a esposa, Leiliane das Neves Almeida, também de 28 anos, na hora do parto. “Em um momento onde se misturam várias sensações, como dor, ansiedade, alegria e estresse, eu me senti bem útil e contente em poder ajudar a mulher que amo, proporcionando parto mais normal possível e humanizado. No final, o sentimento que fica é de satisfação”, declarou Israel, pai da Ketlin, que nasceu em janeiro pesando 3,2 Kg.